olá!!! todo mundo que teve um minimo de convivencia comigo nos ultimos anos sabe que eu morei em campinas alguns meses, fui tatuar na tattooland que tinha em um bairro chamado barão geraldo perto da Unicamp,.
Em campinas eu morei no apartamento do tio arthur um senhor viuvo que alugava os quartos para ter uma renda extra, pois é! sobre ele que vou falar hoje pois esse senhor faleceu no ultimo dia 11 com 89 anos e isso é obvio me fez pensar sobre a minha estadia em seu lar. Eu dormia em um quartinho na lavanderia, devia ser o quarto da empregada .o quarto era muito pequenino e não tinha janela(tipo um cativeiro) tinha um pequeno guarda roupa e uma cama com o colchão todo zuado que as vezes me fazia acordar com uma dor nas costas maldita, e eu tinha um pequeno micro system que eu ficava na cama antes de dormir ouvindo um sonzinho, quando eu voltei pra sampa tinha muita coisa pra trazer e não queria voltar lá pra buscar nada então dei o meu micro system pro seu arthur pois ele não tinha nada pra ouvir alguns cds que ele tinha, dei uma rápida explicação de como ele faria pra ouvir os cds dele, e aparentemente ele ficou bem contente. outra coisa que era bem legal era quando comiamos alguma coisa antes de ir dormir e trocavamos uma prosa , isso era bem raro pois na maioria dos dias quando eu chegava ele já estava dormindo, ah! E tambérm morava mais um senhor no ap que trabalhava na prefeitura mais esse so voltava depois de seus roles de cervejas parecia um adolecentechegava quaze todo dia as 2 ou 3 da madrugada . Voltando ao seu Arthur em uma dessas conversas começamos a falar sobre mulheres, coisa de homem, todo mundo pergunta se no meu trabalho eu tatuo muito partes intimas de mulheres e com ele não foi diferente, conversa vai conversa vem perguntei se depois da senhora dele ele não tinha mais namorado com ninguém, ele parou, pensou e respondeu
_Depois que a minha senhora foi embora muita coisa aqui perdeu a graça, não tem mais sentido.
então seus olhos ficaram meio lacrimejados fizemos alguns minutos de silencio e cada um foi pro seu quarto. sempre que lembrar do seu arthur vou lembrar das nossas poucas conversas, e por isso assim que possivel estou indo a Campinas pra buscar o rádio que eu deixei com ele. o rádio que me acompanhou em minha morada e que acompanhou os ultimos anos de vida de um amigo será de tamanha importancia para mim...
sexta-feira, 14 de março de 2008
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